sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Milagres de Natal, promessas de Ano Novo.

Amigos, eu andei sumida.

Muito em breve, irei sumir novamente.

Antes, porém, de dar ao corpinho e à cabeça melhores ares e melhores humores, na estonteante beleza do mar de Garopaba (e desfrutando da melhor das companhias), devo registrar um comentário alusivo à passagem de ano.

Coisas notáveis acontecem em nome da passagem de ano, do Natal, enfim, dessas festas. Talvez porque seja um momento em que esteja em evidência a necessidade de amor, reconciliação, esperança, companhia... Passar por esse período do ano em solidão é motivo de suicídio, de declaração de fracasso humano.

Ainda no campo das conjecturas, talvez por conta dos sentimentos incentivados (ou, mais, dos temores aflorados) de final de ano, testemunhamos alguns acontecimentos inusitados...

Pessoas que conscientemente trabalham (com admirável afinco) para transformar nossa vida num Calvário, repentinamente, nos mostram seu lado doce e gentil. Gente que nos julga e nos condena sem direito à defesa (ampla defesa e contraditório mal se sustentam em tribunais instituídos, quanto mais na informalidade das relações cotidianas...), sem mais nem menos, nos tece declarações de afeto e elogios.

Criaturas que defenestramos da nossa existência ressurgem das cinzas do inferno, para nos brindarem com o ar de sua desgraça.

Quem me conhece sabe que adoro o clima das festas de final de ano. Adoro a gentileza, a solidariedade, as felicitações, a alegria contagiante, as comemorações - e as bebemorações, principalmente, que champagne é boooommmm... Entretanto, não sou mais tão bobinha como costumava ser. Quem me atormentou não será agraciado com mesuras só porque é Natal ou Ano Novo.

Educação eu tenho, de sobra, pra distribuir de graça. Mas a educação só me obriga a não ser rude, não a acreditar nas incríveis transformações da escória.

Está lá, na Bíblia (livro muito citado por gente de alma negra, fazer o quê...): Perdoar setenta vezes sete, e, se for preciso, setecentas vezes mais.

Acontece que também está lá: VADE RETRO, SATANÁS!

Tuas palavras são doces, mas teus olhos lacrimejam o mais amargo dos venenos. Bebe tu da tua taça. Feliz Natal e Próspero Ano Novo.

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