terça-feira, 26 de setembro de 2006

Lição aprendida tremendo

Enquanto meus ossos todos, especialmente as mãos e os joelhos, tremiam indisfarçavelmente, aprendi uma preciosa lição:
Não preciso ter medo. Não preciso de cautelas tantas, ou mesmo de prevenções.
Falo do medo que tenho de mim, do pavor de ter que recolher os caquinhos do meu coração. Não imaginei que estivesse tão imersa, tão envolvida, tão encantada. Enfeitiçada, por ti, pela minha vontade, por conspiração divina (sim, esse último é duvidoso e apelativo).
Olhando para as grandes mudanças que acontecem - por ti - em mim, senti os dedos das mãos e os joelhos tremerem. De medo, ou talvez de expectativa: "Estou à mercê, que vais fazer comigo?"
Estou aprendendo a criar expectativas... Elas nasceram pequenininhas, e cresceram com aquilo que lhes dei de comer, estão saudáveis, prósperas! Acho que, agora, sei como vivem.
Não sei o que pretendes fazer comigo, mas, ainda assim, toma aqui: sou teu presente.
Parei de tremer. Estou mais concentrada em te ver rindo, e em rir contigo.
Ainda, se me permites, quero lembrar-te de algo importante. Afirmaste que bastava dizer-te "Vem". Então, vem prá cá, que meu pé está frio, e te ouvir respirando aquece minha alma.
Bendito minuto em que um par de olhos verdes cruzou o meu caminho.

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