segunda-feira, 13 de julho de 2009

Pré - juízo

Estava, por esses dias, assistindo à 5ª temporada do Two and a Half Men, quando uma cena me fez pensar. Sim, dá pra refeltir em cima de uma sitcom.
A cena era entre o Alan e uma namorada. Eles comentam sobre o desapontamento mútuo na cama. O pobre Alan, desde a má performance em questão, sente que vai ser dispensado pela namorada. Quando a conversa começa, ele tem certeza de que vai levar um bom pé na bunda. A namorada, calmamente, sugere que, talvez, os dois devam levar o relacionamento para "outro nível", visto que o "nível" atual não funcionou bem. Com medo da rejeição, Alan se adianta e rejeita primeiro. Termina o namoro, num esforço de parecer equilibrado, adulto, tranquilo. A namorada não gosta da atitude e o encaminha pra porta. Ao abrir a porta, encontram uma amiga da namorada, que estava prestes a tocar a campainha. A amiga se apresenta ao Alan e diz que ela era a pessoa com a qual eles fariam o "ménage à trois". Esse era o "outro nível".
Pois é. O medo, muitas vezes, nos pega pela insegurança... Ficamos imaginando que obviamente o pior vai nos acontecer e, temendo sermos surpreendidos, nos adiantamos em colocar o pesadelo pra funcionar. Pré-juízo dá prejuízo. Perdemos por acreditar na insegurança e no medo. Bem feito pra nós...

4 comentários:

Marllisa disse...

Vi esse epísódio e rolei de rir.
Achei triste o desenrolar da coisa em si, pois se tu te lembrar foi o irmão dele que tomou a decisão de que ele precisava terminar o relacionamento, que até podia estar meio morninho, mas que, no final das contas, estava satisfazendo o pobrezinho. Ele não é como o irmão que tem uma vida mais "intensa". Ele é um homem mais sensível e estável. Mas ele foi sendo encurralado pelo desenrolar do assunto e acabou fazendo aquilo que esperavam que ele fizesse.
As vezes fico pensando o quanto a gente faz isso também e deixa que outros decidão nossa vida, semque tentemos tomar a liderança de nós mesmo, né??
bjkas

Letícia Villwock disse...

Coloquei o link do teu blog no meu, olha lá!
beijo com saudade! Muuita!!!!
Leticia

Marllisa disse...

Assisti esse episódio e rolei de rir.
Também fiquei pensando nele depois.
Minhas indagações ficaram em torno do fato de achar que ele foi somente atrás do que os outros dizem, pois ele na verdade tava até satisfeito com aquela relação meia boca, mas o irmão dele decidiu que não tava certo e ele simplesmente se deixou levar pelo irmão. Chegando lá foi na conversa dela, pois fez a leitura do ela dizia embasado no que o irmão dele disse..
No fim das contas me pergunto:quantas vezes nos deixamos levar pelas "decisões" dos outros sem brigar pelas nossas próprias vonatdes?
Bjkas,
Marilisa

Raquel, Augusto e Agatha Drehmer disse...

O episódio é bittersweet mesmo.

Acho o Alan um excelente exemplo de como "travar" demais pode ser prejudicial à nossa felicidade. Não pensar muito, às vezes, é uma bênção.

Claro, não precisa ser que nem o Charlie, inconsequente e sem laços, porque o vazio sempre acabará batendo no coração mais hora, menos hora (e isso acontece na série de quando em quando). Mas querer ser o mais equilibrado e o mais adulto também não vale.

Equilíbrio, como sempre, é a palavra. Excelente postagem. :-)

Beijooo!