sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Três pulinhos pra São Longuinho

Perdi meu lápis. Puxa, que droga.

Adoro escrever a lápis. Detesto escrever a caneta, ou, melhor, a tinta.

Se errar, o que estiver escrito a lápis eu posso apagar, e escrever certo! Não fica borrado, não fica feio, não perde a "oficialidade" de coisa bem feita.

Eu erro pra caramba escrevendo! Mudo de idéia milhões de vezes, desisto de argumentos, volto a insistir neles... E não adianta digitar no Word: eu sei pensar é no papel. A lápis!

Procurei o danadinho por toda a casa. Em vão. Essa perda doeu! Ainda bem que comprar outro lápis custa quase nada.

Ao contrário de muitas outras coisas, que todo mundo deve ficar feliz em perder, um lápis custa pouco e vale muito. Infelizmente, grande parte das coisas dessa vida custam muito e valem pouco...

Não somos educados a encarar perdas com normalidade, ou como fatos positivos (tanto quanto negativos, no bendito equilíbrio do universo - rárárá). Mas o caso é que deveríamos ficar gratos por perder determinadas coisas.

O velho se vai pra deixar lugar pro novo entrar.

Ou, melhor, certas coisas, que relutamos tanto em manter, graças a Deus, conseguem vencer nossa resistência e ir-se embora. Parece que temos a tosca noção de que mais vale um inimigo conhecido do que o desconhecido em potencial. Ora, sejamos mais razoáveis!

Tem muita coisa que mais bem nos faz em sumir.

O lápis não... Esse faz falta.

(Pro meu rico amorzinho, que acha a construção "mais bem" um pecado gramático, desculpe... Achei que valia a pena arriscar o analítico como recurso de estilo... Ah, ficou legalzinho...)

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