segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Festas com tempero de outros tempos

Não sei se foi só comigo, mas guardo a impressão de que o Natal e o Ano Novo não foram lá muito marcantes... Não me senti envolvida pelo entusiasmo das Festas. Bem borocochô.
Vai ver que me faltou ver o desfile dos caminhões da Coca-Cola, todos vermelhos, iluminadinhos, ao som de "O Natal vem vindo, vem vindo o Natal..." (Fiquei sabendo que a história de o Papai Noel usar roupa vermelha e morar no Pólo Norte foi invenção de uma campanha publicitária da Coca Cola nos anos 30...). Vai ver que me faltou sair pra ver as árvores da praça de Erechim todas iluminadas... Vai ver que me faltou comer chocolate, mesmo. Mas, uma coisa é certa: o Natal não teve nem cara, nem cheiro, nem gosto, nem sombra de Natal.
O Ano Novo foi tão agitado e corrido que mal deu pra comemorar. Amigos, eu confesso: estou frustrada com as Festas.
Lembrei de um Natal em especial, quando eu tinha uns cinco, seis anos... Ganhei uma "Barbie" do Papai Noel. Lembro que a família estava toda na sala de casa, comendo uma fatia de torta, depois do jantar. Lembro do glacê branco da torta, e do doce de leite com raspas de chocolate do recheio (a minha mãe sempre fazia essa torta para todas as ocasiões festivas...). Eu estava indo pedir mais refrigerante para alguém na cozinha, quando ouvimos um forte barulho nos fundos da casa. Corremos para ver o que era. Não vimos nada. Eu fiquei tremendo de expectativa, agitada por dentro, mal conseguindo respirar. Pensava, comigo "-Será que era o Papai Noel?".
Na hora de ir dormir, minha mãe me disse: "-Coloca os chinelinhos debaixo da cama, filha." Levei a mão para baixo da cama, e dei com o presente embrulhado. Rasguei o papel, em êxtase. Era a tão desejada Barbie. Dormi com ela, com caixa e tudo.
Anos depois, eu soube que aquele estrondo que ouvimos havia sido uma tentativa de arrombamento. Pra mim, era Papai Noel.
Se não tenho mais essa inocência para temperar as Festas, fazer o quê? Continuar festejando!
De típico, nesse verão, parece que só o calor senegalês de Porto Alegre, mesmo. Hoje à tarde, 15h, estavamos sendo sufocados por 36 graus, conforme me indicou o termômetro da Avenida Borges de Medeiros. Haja água!

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