segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Não fui eu que escrevi, mas bem poderia ter sido.

...No entanto, todo homem mata aquilo que adora,
Que cada um deles seja ouvido.
Alguns procedem com dureza no olhar,
Outros com uma palavra lisonjeira.
O covarde o faz com um beijo,
Enquanto o bravo o faz com a espada!
Uns matam o próprio amor quando ainda jovens,
Outros o fazem na velhice;
Uns estrangulam com as mãos da luxúria,
Outros com as mãos do ouro,
O que é bondoso faz uso do punhal,
Porque a morte assim vem mais depressa.
Uns amam pouco tempo, outros demais,
Uns vendem, outros compram;
Alguns praticam a ação com muitas lágrimas
E outros sem um suspiro, sequer:
Pois todo o homem mata o objeto do seu amor
E, no entanto, nem todo homem é condenado à morte.
Oscar Wilde

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