terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A hóspede inglesa


Estou em Curitiba, vivendo dias de hóspede inglesa na casa de um casal de amigos.

- Hóspede inglesa??

É... coisa dos romances lidos na adolescência... A moça solteira visita amigos por algum tempo e é tratada divinamente, com jantares em sua homenagem, passeios mil, confortos, mimos e paparicos à sua disposição... Claro, sempre aparece, na trama, um primo/amigo/vizinho/inimigo fidagal bonitão, moreno, forte, alto, que faz muito sucesso com o sexo oposto. Primeiro, o bonitão e a hóspede inglesa se detestam. Trocam escaramuças (ai, que vocábulo, por Deus!). Depois, a hóspede inglesa recebe a visita da atual conquista do bonitão, linda e ambiciosa, exigindo seu afastamento imediato ("Saia do meu caminho, ele é meu!!!"). Depois, por algum acidente/catástrofe/intempérie/circunstância alheia à vontade de ambos, ficam, o bonitão e a hóspede inglesa, sozinhos e isolados do mundo. Têm um interlúdio tórrido de paixão carnal. Passam-se mais alguns episódios de desencontros e desentendimentos, e ela volta para casa. Depois de certo tempo, durante o qual ela sofre tentando esquecer o bonitão, eis que o próprio surge em sua porta (no dia em que ela está cuidando do jardim, de luvas, chapéu e vestido esvoaçante - como se alguém cuidasse do jardim linda e esvoaçante...). O bonitão confessa seu amor, jura fidelidade eterna e os dois protagonizam juntos a última página, num beijo de erguer o pezinho.

Leia-se que a minha viagem está sendo exatamente como relatado, menos a parte que envolve o bonitão...

Pois é, putz.

Nenhum comentário: