domingo, 1 de março de 2009

Libação de pão a quem não admite ser menos do que a lua


O que se apresenta difícil, inatingível e raro ganha súbito valor
E aí têm lugar as promessas, os propósitos, as juras
Mas o pão que se tem à mesa não permanece fresco e quente por muito tempo
E já não vê gosto em mordê-lo.
Troque o pão, troque a mesa
Busque novo prazer em novo caminho
E faça novamente promessas, propósitos e juras.
Quem olhava-me como se eu fosse a lua, há dois dias
Hoje olha-me como ao pão amanhecido.
Recuso-me.
Nesse altar, não sou a oferta.
Sou lua, estrela
Pertenço ao firmamento
E não à mesa de alguém.
Guarde seu talher e volte a olhar-me com a reverência que mereço.

2 comentários:

Raquel, Augusto e Agatha Drehmer disse...

Amei, Cib!

Cib disse...

Obrigada!
Beijo, Raq!