terça-feira, 24 de março de 2009

Pequeno concerto que virou canção


Às vezes vale ser cafona. Às vezes vale passar a vergonhazinha de ser cafona, pra "carimbar" algumas coisas na pele da gente.

Falava com as maridas, na outra noite, sobre os homens fresquinhos que não sabem o que fazer quando encontram uma mulher incrível (como nós, claro) pela frente. A maioria se confunde ao extremo.

Houve o caso do menino que, depois de sair por duas ou três vezes com uma das maridas, convocou a pobre para discutir a relação. E ficou todo confuso quando ela, sem aviso prévio, perguntou, de chofre: "Que relação?". Imagino a confusão mental: Ah, mas como assim, elas não amam discutir a relação...??? Não, fofo. Relação, pra começar, vai bem além de três saídas. E relação que vale a pena se vive mais do que se discute. Discutir a relação dói, nos deixa infelizes, não é bom. Pode ser necessário, mas é tão aprazível quanto uma injeção de Benzetacil.

Também teve o fulaninho que bombardeou outra marida de torpedos, no melhor estilo "mulherzinha novela das seis", querendo saber por que ela não ligava, por que ela não sentia saudades dele, por que ela estava torturando-o (!!!) daquela maneira, por que ela não tentava dar uma chance pro amor (!!!!!!) deles... Ela tentou ser educada, dizer que não estava a fim de tudo aquilo, mas que desejava, de coração, que ele encontrasse alguém mais identificado com seus desejos e fosse feliz. Ao que ele sapeca: "-Sim, eu seirei feliz, mas não por algum motivo em especial, e simplesmente porque não tenho medo de ser". (Eu decorei a frase, achei tão "Sinhá, a moça"...)

E o que tenho eu a dizer disso tudo?

Que é melhor ter noção... Do que se quer, do que se é, de onde estamos nos metendo...

Pra não iniciar o que não sabemos terminar, nem nos vermos dentro de algo que provocamos, mas não conseguimos extinguir.

Descompassos são desperdícios, e eu ando muito escassa pra me desperdiçar, assim, sem mais.

E, sobre ser cafona, lebrei de um trechinho de uma música do Geraldo Vandré. Não que ele seja cafona, nem pensar, mas a musiquinha, na minha voz, ficou uma obra. O trechinho, então:


Não

Nem há por que seguir

Cantando só para explicar

Não vai nunca entender de amor

Quem nunca soube amar.

Ah...

Eu vou voltar pra mim...

2 comentários:

Raquel, Augusto e Agatha Drehmer disse...

Menina Cib, essa é uma conversa que tenho tido bastante com amigas que pensam o e passam pelo mesmo. E com amigos - sim, alguns rapazotes às vezes pedem conselhos, e fico impressionada com a confusão mental e comportamental em que vários deles se encontram.

Na minha opinião (e de forma muito simplificada, claro, porque isso rende uma boa discussão de horas, dias...), somos de uma geração que sofre um pouco mais, já que somos essencialmente diferentes de nossas mães e das mães dos moços - que, por mais que tenham trabalhado fora e conquistado alguma independência, foram mais preparadas para ser esposas e mães do que nós.

Eles esperam encontrar algo parecido com o modelo feminino com que cresceram, e não é com a gente que vão encontrar. Mas tem as exceções, e são os exemplares que valem a pena. Ou então a gente parte para a geração que vem logo em seguida, que também tem rendido bem, viu? ;-)

Beijooo!

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk

Arrasada, acabei de descobrir que eu tenho um lado "mulherzinha-novela-das-seis"!!!! Mas eu não mando milhares de mensagens por celular, odeio celular, ainda bem...
Mas tudo bem, a mulherzinha-novela-das-seis que vive em mim é uma boa vizinha de todas as outras que ocupam esse mesmo corpo.

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Menina que música é essa que toca no teu blog? Achei tão fofa...

Beijos e até breve.