quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Não quero mais brincar


Quando é a minha vez de contar a história, todo mundo se distrai com outra coisa.
Se eu chamo pra me acompanhar, todo mundo tem outro lugar pra ir.
Eu sempre sirvo e assisto, mas a minha serviência e a minha assitência nunca vêm.
Sou parceira e companheira, mas ninguém sabe dizer quando foram meus parceiros. Porque não foram.
Faço as coisas sozinha e consigo me virar bem, mas isso não quer dizer que eu não precise de ajuda.
Aguento o tranco, mas isso não significa que não deseje que me deem a mão.
Eu penso nos outros como "a gente", e sempre pensam em mim como "ela".
Só escutam de verdade o que eu digo quando querem se ofender comigo.
Enchi a paciência.
Tenho que sempre adivinhar a hora adequada pra pedir colo, o momento de alta no estoque de carinho e atenção pra poder comprar barato? Vão pro raio que os parta.

Se, na prática, eu estou sozinha mesmo, vamos trazer a prática pra teoria!

5 comentários:

Anônimo disse...

Cib, querida!
Como sei do que tu falas! Nossa!!
Esse texto bem poderia ter sido postado lá no meu blog há uns tempos atrás.
Sabe o que ganhei me sujeitando a viver assim? Um câncer.
Chuta o balde, amiga, enquanto é tempo.
Eu sempre era muito lembrada, quando alguém precisava de ajuda, caso contrário, nem tchum (como dizem agora)...
Hoje separei o joio do trigo e minha atenção vai para quem merece.
Segue assim, mas peste atenção no que é joio e no que é trigo.
bjs

Cib disse...

Mari, obrigada. Teu carinho foi um band-aid na alma...
Beijo e pode deixar, estou chutando os baldes enfileirados.

Dr. do absurdo disse...

Eu concordo com a moça aí de cima. Atenção, só pra quem merece!
beijo

Mary disse...

Ah, tem horas que a gente se vê na obrigação de mandar tudo... bem, tu preferes 'raio que o parta'. rsss... Eu já mandaria pra outros lugarres, pode ter certeza.
Mas é bom ter só quem realmente importa do lado, concorda?
Beijo.

Raquel, Augusto e Agatha Drehmer disse...

Entendo perfeitamente, Cib. Infelizmente, muitas pessoas formam laços apenas utilitários - e de mão única - em amizades (e, se analisarmos só um pouquinho, concluiremos que isso não é ser amigo). E a gente se decepciona.

O importante é que temos bom coração e abrimos os olhos para essas ervas daninhas. A vida segue melhor assim.
:-)

Beijo beijo e bom findi!