sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Prezado anônimo

Não que lhe interesse o tamanho da minha retaguarda, e nem que ele se relacione - nem indiretamente - com o que eu penso e escrevo, e também não que o anonimato mereça retrucada, mas não me contenho.
Nunca entendi porque alguém se dá ao trabalho de manifestar opinião - algo tão pessoal, tão vinculante - e refugiar-se no anonimato. Se tu precisas tanto registrar teu pensamento acerca de o que ou como eu escrevo, de certo precisas deixar clara a procedência do registro, oras! Ou, então, pra quê?
Ou, por acaso, tens algum receio?
A-do-ro dizer bobagens. Nunca pretendi ser levada a sério. Escrevo por gosto, por hábito, por necessidade pessoal, por impulso, por verborragia... Se tu não gostaste, paciência... Aposto que muita gente também não gosta do que tu fazes. Todo mundo é assim, sabia? Agrada-se e desagrada-se da mesma maneira. Eu posso viver bem com isso, e tu?
Parece que não, pois escreves no anonimato... Assim ninguém te responde, ninguém te critica, e tu não te responsabilizas pelas tuas opiniões.
Tomara que percas a insegurança e descubras que podes, sim, ostentar teus pensamentos independente do que os outros vão achar deles. Meu terapeuta chama a isso maturidade.
Enquanto isso não acontece, quem sabe aceitas a minha sugestão: quando te deparas com um texto que não te agrada, de conteúdo insignificante pra ti, e cuja leitura te é facultativa, simplesmente abandona-o. Eu procedo assim!
Grande abraço!

Um comentário:

Carol Borne disse...

Eu acho graça das pessoas que vêm (isso manteve o acento!)disfarçadas pelo anonimato gritar suas frustrações no espaço alheio.
Trabalho voluntário é uma ótima opção pra certas criaturas coverdes deixarem de bestagem!
Vai pra Faixa de Gaza juntar uns pedaços de gente e deixa de torrar a paciência, né não?
Beijocas, Cib!